quinta-feira, 11 de setembro de 2008

terça-feira, 19 de junho de 2007

(Continuando o intercâmbio blog-orkut, e aproveitando pra fazer uma homenagem atrasada pra essa mocinha que fez anos dia 16...)

Hoje eu sei que era uma menina quando foi mãe. Uma menina da minha idade. E hoje eu vejo que fui criada por uma menina, uma pessoa que foi crescendo comigo, educando outra menina, e que se saiu muito bem, pelo menos nessa tarefa. Não podemos condenar essa menina pelos erros, pelas escolhas equivocadas, pelas más atitudes. Nem mesmo hoje, devemos julgá-la, pois mesmo depois de crescer, envelhecer, viver mais anos, mesmo assim, não deixou de ser uma menina. Mesmo tendo hoje o dobro de minha idade, de minha experiência, mesmo sendo mãe há 21 anos, não deixou de ser uma garota, uma senhora no mínimo sapeca. Tinha 21 quando foi mãe, uma menina da minha idade. "E hoje eu já sou mais séria do que ela". Quem acha que eu sou moderninha não conhece minha mãe. Quem pensa que minha mente é aberta não conhece minha mãe. Quem diz que eu sou meio biruta definitivamente não conhece minha mãe. Ou talvez conheça, e ache que está tudo explicado. : ) Ela me criou, ela me educou, ela me deu amor. Ela me deu juízo, ela me deu dois pais (e foi o terceiro). Ela me deu leite Ninho que me fez engordar, e leite de Chernobyl que me fez crescer demais (juntamente com o frango com hormônio). Ela me deu umburoska na praia, me ensinou a jogar buraco e gamão. Me fez gostar de Michael Jackson, da lua, de horóscopo, de ler (incansáveis ordens nesse sentido) e de pensar. Ela me deu meu nome esquisito, ela tem o mesmo signo que eu. Ela já fez "algo de diferente no mundo", que sou eu, mas que também é parecido com ela. Que é filha. Pois a menina é minha mãe. Essa mãe que é diferente que nem o nome que deu, que nem a filha que teve. Essa mãe com um parafuso a menos, mas é a que eu tenho, fazer o que? Curtir mais uma fase com essa mãe, mais um ciclo lunar. Ao lado dessa mãe, cuidando dela, dessa vez. Pois eu já sou um tanto mulher, deixando de ser menina. Mas ela não. Essa aí não sai do um e sessenta e três. ; ) Só passam os anos... 21 de mãe e mais tantos de vida.
Bj mãe.

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