quinta-feira, 11 de setembro de 2008

quarta-feira, 26 de março de 2008

Um dia me vi absolutamente acabada num canto, totalmente posta de lado por mim e por todo meu jeito de ser, tudo que deixei que acontecesse, que permiti que me atingisse.
Observei um corpo inerte que sentia, e ao mesmo tempo que quis me curar quis adoecer, quis deixar de existir para sempre pra que a dor me abandonasse também. Quis ser deixada novamente, dessa vez pela agonia que me consumia.
Estava vendo como tinha errado, que quando se abre a porta pensando em ser feliz, fica também aberta a entrada para o infortúnio, para a crueldade, para o sofrimento sem fim. Errei! Essa porta deve ficar fechada, trancada, lacrada, sim!! Não era pra ser escancarada como foi pois o mundo fora dela não é confiável.
Eu vi a chuva de solidão que me molhava, e sabia que ela só incomoda quando a gente se desacostuma a ser só. E não devemos nos desacostumar nunca! Enquanto ficamos em nosso isolamento, longe de qualquer um que nos possa ferir (ou gostar), magoar (ou querer bem), ofender (ou fazer feliz), nos cobrimos nas asas do melhor da vida: a proteção. Não devemos nos expor!
Errei. Tudo bem, a gente erra.
O pior, (burra!) é que não aprendi.
O pior é que tem coisa que me cega.
O pior é que me iludo de novo e de novo.
Ouço avisos? Ouço!
Dou ouvidos? Não! É muita estupidez.
Chances de essa porta entreaberta deixar entrar os criminosos? Todas.
Aqueles que ferem (e gostam), magoam (e querem bem), ofendem (e fazem feliz).
E se for, bem feito!

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