quinta-feira, 11 de setembro de 2008

quarta-feira, 24 de outubro de 2007


"People just have an affaire, or even... entire relationships...
They break up and they forget!
They move on like they would have changed a brand of Cereals!
I feel I was never able to forget anyone I've been with.
Because each person have...you know, specific qualities. You can never replace anyone.What is lost is lost.
Each relationship, when it ends, really damages me.
I haven't fully recovered.
That's why I'm very careful with getting involved, because...
It hurts too much!

(...)

I see in them little details, so specific to each other, that move me, and that I miss, and...will always miss.
You can never replace anyone, because everyone is made of such beautiful specific details (...)"

Celine, o personagem de Julie Delpy em "Antes do por-do-sol" diz que nunca consegue superar totalmente os antigos amores, sempre há algo específico de cada relacionamento que marca tanto que é impossível esquecer. Ela não é a única, embora muitos lutem com toda força ignorar seu próprio passado e a influência dele no presente. E não são só os tais "detalhes" do outro que ficam, é toda uma série de identificações que a convivência traz, reflexos na personalidade que não se tratam de subtração, mas soma, e uma soma inevitável, e que costuma permanecer. A não ser, é claro, que não haja convivência suficiente... mas sempre ficam, então, os danados dos detalhes.
E enquanto o tempo vai passando, lá vamos nós acumulando relacionamentos. Inevitavelmente acumulamos coisas mais sérias, e aí que os problemas aparecem, problemas ético-sentimentais. Pensemos num lugar que tenha se ido muito antes com a pessoa, ou na lingerie que foi presente do ex... são os extremos fáceis de resolver:
Os lugares são inevitáveis, e provavelmente você já freqüentava antes, se estivermos falando aqui da mesma cidade, e excluindo viagens, etc.
O segundo caso é lógico! Lingerie descartada, não vai servir mais!
Mas existem situações mais delicadas...
Que fazer com as músicas? Que fazer quando ouve uma música que marcou com a outra pessoa, e sem querer associa com a nova? E se for de ciclicamente pensar nas suas músicas favoritas com o favorito da vez? É errado? Tem como evitar? É obrigatório ter músicas novas? E se o gosto musical do atual for igual o do ex? E se ele te dedicar as mesmas músicas?
E tantas outras questões... todas de difíceis ou inexistentes respostas.
Qual é a sabedoria então? Daqueles bravos dispostos a abandonar as lembranças? Enganados nesse erro?
Ou dos e das "Celines" que guardam aqueles detalhes sem negá-los?
Antes do amanhecer e Antes do por-do-sol são filmes apaixonantes, com personagens inesquecíveis, maravilhosos de se ver.
Mas na verdade essa foi a única parte que eu realmente me identifiquei com Celine, e que nunca esqueci. E aí vem:
"That's why I'm very careful with getting involved, because...
It hurts too much!"
É triste quando um relacionamento não dá certo. Principalmente porque isso necessariamente significa novos relacionamentos, todos assombrados pelos fantasmas dos anteriores. Pelos detalhes... E pelo ciúme...
Luas cheias vêm e vão e são sempre românticas.

2 comentários:

mindu disse...

"...Se há algum tipo de magia no mundo, ela deve estar na tentativa de entender e compartilhar algo com alguém. Sei que é quase impossível conseguir isso. Mas e daí? A resposta deve estar na tentativa..." - Celine, em Antes do Amanhecer

Chan. disse...

É bem isso que o tempo faz com as pessoas...