quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Poema dos dias atuais

(Autor: MACIEL, Paulo Richard)

Todos os dias, os dias todos
procuro ser levado à perfeição
Preciso evitar a exaustão
E permanecer lúcido

Na maior parte do tempo
É como sonhar com tudo e não ter nada
Ou como se apaixonar outra vez pela pessoa errada
Mas eu tento

Todo dia alguém me conta
Que devo acreditar em faz-de-conta
Que não é só pensar em meu salário,
que é melhor fazer mais o meu trabalho
É? E quem vai pagar minhas contas?

No próximo final-de-semana
Tentarei encontrar uma barraca de praia sem sonhar acordado
Procurarei então só caminhar na areia sem ser assaltado
Para entender a lei e sair voando...

Não posso dormir, ainda falta muito pra meia-noite
Agora é um pouco cedo pra estourar o meu limite
Acho que é boa hora pra procurar uma outra fonte
Talvez deva sentar um pouco e navegar na internet

E a toda hora tem mais lixo chegando
Parece que estão todos produzindo - será que tem alguém limpando?
Daqui a pouco uma nova usina-bomba nuclear pode acabar com tudo
Paus e pedras de novo? Só se for em outro mundo
(CUIDADO!)...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

...por pensar assim...

No escuro eu matuto enquanto outros dormem
que tipo de dia será amanhã?
Que loucura posso inventar pra chocar o mundo?
E penso talvez em mil coisas que poderiam ser.

No escuro eu perco meu tempo de jovem
vivendo em silêncio uma estratégia vã?
De que vale um sonho e um plano novo a cada segundo?
Fico na lamúria petrificada ao invés de me mexer.

Mas quando amanhece eu tô sempre cansada.
Coisa de quem ficou devaneando de madrugada.
E tudo de mágico que no dia ensejo
se perde na lágrima de cada bocejo.

No sol eu ando, espero, e converso
chego de um lugar, rumo pro outro, dentro do prescrito
não do que eu planejei antes de dormir (não...)
mas do que o dia a dia me faz repetir.

No sol me imagino no holofote do sucesso
chego a pensar no cenário mais bonito
planejo os discursos que vou proferir (e então...)
aparece a sombra pra essa imagem sumir.

Mas quando eu chego eu tô sempre suada.
E o calor me faz ficar mal humorada.
Daí o glamour acumulado na tragetória
evapora no travar da porta giratória.