segunda-feira, 27 de abril de 2009

Serviço de quarto?

Traga-me lá uma toalha ou um pano
pode ser um lenço ou sua manga da camisa
Traga-me lá o que for pra enxugar de vez essas lágrimas
Que seja uma esponja que absorva
Que seja um ralo que escorra
Que seja uma torneira que feche
Que seja um sol que evapore
Seja como for, seque tudo de uma vez
Essa técnica de vencer pelo cansaço já não funcionou, e tanto já cansei!
Me traga cá uma prova de amor ou uma surpresa bonita
pode ser um carinho ou palavras verdadeiras
Me traga cá o que for pra espantar de vez esses medos
Que sejam braços que me segurem
Que seja boca que me beija
Que seja ato que me mostre
Que seja amor que me inspire
Seja como for, manda isso embora de uma vez
E pode ser pelo cansaço que funciona, mas por enquanto ainda não sei...

(27/04/2009, 10 da manhã)

terça-feira, 21 de abril de 2009

E, sim, está chovendo.

I'll never let you see
The way my broken heart is hurting in me
I've got my pride and I know how to hide
All my sorrow and pain
I'll do my crying in the rain

If I wait for stormy skies
You won't know the rain from the tears in my eyes
You'll never know that I still love you so
Only heartaches remain
I'll do my crying in the rain

Raindrops falling from heaven
Could never take away my misery
Since we're not together
I pray for stormy weather
To hide these tears I hope you'll never see

Someday, when my crying is done
I'm gonna wear a smile and walk in the sun
I may be a fool but 'till then
Darling, you'll never see me complain
I'll do my crying in the rain

Since we're not together
I pray for stormy weather
To hide these tears I hope you'll never see

Someday when my crying is done
I'm gonna wear a smile and walk in the sun
I may be a fool but till then
Darling, you never see me complain
I'll do my crying in the rain ...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ruas de Brotas

Isso porque havia um quê de poesia na senhora dentro do mini-carro nas ruas de Brotas.
Havia um quê de magia em seu chapéu de palha redondo cor de rosa, uma coisa meio bruxa.
Havia uma vontade de ser escrita e descrita que saía da mãozinha aliançada gorducha pedindo passagem.

Isso porque havia um ar de desmiolada, um quê qualquer de alucinada que vinha daquele chapéu e das roupas coloridas setentistas.
Havia um quê de maga patalógica na amiga preocupadamente intelectualizada no banco carona.
Havia todo um mantra silencioso no conjunto, saindo dos óculos fundo de garrafa e do adesivo do batman dizendo tchau.

Isso porque havia um quê de tempo parado, de câmera lenta, de nostalgia, havia um não sei o quê naquele gurgel mini meio verde água peculiarmente pilotado, que apesar da malandragem da motorista transloucada, me fez dar a passagem nas ruas de Brotas, e, aqui, escrever.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Brinde à guerra.

Das profundezas mais remotas
surgem as mais sombrias esperanças
Uma desconfiança generalizada
espelhada no sopro de querer aceitar
Medo de ignorar as vozes ecoantes
insistentes de iludir a precaução

O que é esperar em meio à guerra?
Erguer dentro de um interior devastado
a bandeira branca de novo?
Quando a luta maior já se reflete
na figura que surge (mais do que nunca)
ESPLENDOROSA!
sedenta de destruição.