quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Senhorita Lunática.

Uma vez me disseram que eu era a "menina da lua,
Olhe mas não toque", era eu.
Mas eu não sou assim tão bonita, nem tão brilhante.
Talvez eu seja mesmo distante.
Pode ser fácil me ver, mas poucos vão querer me tocar.
Vai soar sempre uma tarefa difícil,
difícil demais para valer a pena.
E assim como essas coisas que são feitas apenas para ver,
enjôo,
não sou como essas coisas feitas para se viver.
Mas querendo ou não vivo,
mesmo longe, e mesmo só,
e querendo ou não continuo brilhando.
Pois a luz me ilumina sem cansar.
Eu canso, às vezes é difícil suportar o fardo
de ser olhada sem ser tocada,
de ser tocada e depois deixada.
A menina da lua é distante,
e sozinha, e talvez esse seja seu destino,
de estar sempre longe, um sonho vago, uma névoa.
Mas tenho também um quê de lunática,
de observar à distância,
de imaginar e divagar, de sonhar acordada.
Esse jeito ao invés de me isolar,
me afasta de mim e me aproxima do mundo.
Para ser bem tenho que deixar de ser eu,
e admirar-me.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ser tocada é facil,
dificil eh ser sentida.
Ser deixada,
e n ser esquecida...

Anônimo disse...

Nem ia comentar esse, pois achei q estava mais para os 'mancebos' mesmo...mas tenho q concordar com "meu genro do coração"...rsrs

ininterrupto disse...

Coragem< ² Energia moral diante de perigo ou dor.

Marco Valladares disse...

Uma salva de palmas a quem busca!