domingo, 31 de julho de 2011

As únicas linhas

E se naquele momento que a ideia surgiu ela valesse de alguma coisa
talvez os mil dizeres entrassem pra história
assim, como ditados populares
ou os mil fogos de artifício estourassem
assim, como reveillon
ou as mil cantigas se espalhassem na rua
assim, como grandes hits
talvez as mil palavras que pensei em dizer
assim, fossem ditas
e os mil sentimentos que pensei em sentir
eu sentiria por ti.
Talvez você gostasse de mim.
Talvez mil beijos, talvez mil brigas.
Foi essa ideia que tive
assim, como babaquice.
Talvez não valesse nem essas linhas
mas valeu, enfim.

domingo, 17 de julho de 2011

A história do ladrão

Aquele timbre também foi meu
largue de cantar minha canção
dançando sozinho meu compasso
me dando asco com seu desprezo

Fera!
Deixe de fora meu tom
e entoe seus corais longe desse cântico
antes de mais nada não cria
e depois afinal insiste em musicar

Besta!
Esse talento também é meu
e cantar essa história de trás pra frente
não inventa
só corrompe minha criação

terça-feira, 12 de julho de 2011

_Canção de ninar_

E tem fim a noite dela no apagar das luzes
descansa à noite pelo resto de si
Descansa a noite no acender do dia
para ele, o notívago enciumado
Exige ele que a noite seja o refugio
que nela deite a imersão feminina
que possa passar em claro o escuro dos sonhos dela
velando à noite, a noite.
Mergulha no sono ao despertar
e alivia o espírito inseguro
sabe que permaneceu sua à noite
sabe que a noite foi sua.


Mas inquieta mente, perturbadamente,
ao contrário, escurece o despertar
quando à noite não está só
e não está só a noite
não se dispõe a dividir a sua
que julga ser o seu
não se desprende do que reivindicou para si
desperta à noite, no acender das luzes
e lá está a sua
desperta a noite adúltera
acompanhada de sua companhia.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Exuberância.

Não só carne
e curva
e cabelo
e perfume
e pintura

mas pele
e caminhar
e olhar
e cheiro
e sedução.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vuelvo al Sur



Vuelvo al Sur,
como se vuelve siempre al amor,
vuelvo a vos,
con mi deseo, con mi temor.

Llevo el Sur,
como un destino del corazon,
soy del Sur,
como los aires del bandoneon.

Sueño el Sur,
inmensa luna, cielo al reves,
busco el Sur,
el tiempo abierto, y su despues.

Quiero al Sur,
su buena gente, su dignidad,
siento el Sur,
como tu cuerpo en la intimidad.

Te quiero Sur,
Sur, te quiero.

Vuelvo al Sur,
como se vuelve siempre al amor,
vuelvo a vos,
con mi deseo, con mi temor.

Quiero al Sur,
su buena gente, su dignidad,
siento el Sur,
como tu cuerpo en la intimidad.

Vuelvo al Sur,
llevo el Sur,
te quiero Sur,
te quiero Sur...