quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O velho e a moça (Risco Empresarial, parte II)

crise de autoridade
embuste de competência
mereço animosidade
pra aceitar a consequência

JULGO INVÁLIDA A REPRESSÃO.
EXPRESSO A JOVEM REBELDIA.
EXERÇO MASCARADA ESCRAVIDÃO.
E LUTO EM VÃO POR ALFORRIA.

Enterrada no buraco... obrigada a suportar...
desvio de prioridade... e não ver a luz do sol...
Não nego a insubordinação na hora de trabalhar,
enquanto o trabalho dele é falar de futebol.

*Para o chefe.

sábado, 2 de outubro de 2010

Primeiro andar, depois...

Já vou, será
eu quero ver
o mundo eu sei
não é esse lá

por onde andar
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai
vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá

não faz disso esse drama essa dor
é que a sorte é preciso tirar pra ter
perigo é eu me esconder em você
e quando eu vou voltar, quem vai saber
se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar

eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou

Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim

eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou


Inicio, portanto, contagem regressiva. Que ano!

Taí, não consigo assimilar a capacidade de Amarante pra escrever coisas como essa, é irritantemente brilhante.