segunda-feira, 30 de junho de 2008

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

"Eu não queria ir assim... Tão triste, triste..."

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Encosto meu rosto num peito molhado de lágrimas. Minhas próprias lágrimas. Sinto a respiração. O coração pulsando. Me conforta e me acalma... pela última vez. A sensação boa só aumenta a dor aguda que é a dor do Adeus. Sei que devo partir, que devo deixar. Só não sei se sou forte (fraca) para aguentar essa lembrança. Lágrimas que caem e molham, não o peito, mas o lençol. Sozinha. Corações se ganham e se perdem todos os dias.

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"A corda bamba estourou E despencou para o lado mais forte E se me afogo na dor É para cicatrizar nosso corte..." "Você poderia até tentar Dizer as frases que eu já sei de cor Mas meus olhos de nuvens pesadas, Surdos de tanto silêncio..."

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Por que caminho vai andando agora? Deixa um rastro molhado com os olhos... Por onde pisa enquanto passa? Sonhos, planos, vidas. Ficando pra trás. Que pedras sob teus pés? Soltas, incertas, inseguras. E vai só. À frente, uma neblina escura. Planta solidão. Rega com lágrimas. Vai só e vai com medo. Medo de não querer colher o que plantou. Deixar lá: apodrecendo.

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Pensamentos anuviados com a dor. Alegria desbotada, sem cor. Coração machucado, doendo. Alma ferida, sofrendo. Músicas tristes, filmes de amor. Beijos sem gosto, abraços sem calor. Sonho interrompido, vida separada. Espírito sofrido, página virada. E o medo. Medo de alegria, música, filmes, beijos, abraços, sonhos de amor: sem mim.

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"Não adianta Me ver sorrir Espelho meu Meu riso é seu Eu estou ilhada Hoje não ligo a TV Nem mesmo pra ver o Jô Não vou sair Se ligarem não estou À manhã que vem Nem bom-dia eu vou dar Se chegar alguém A me pedir um favor Eu não sei Tá difícil ser eu Sem reclamar de tudo Passa a nuvem negra Larga o dia E vê se leva o mal Que me arrasou Pra que não faça sofrer Mais ninguém Esse amor Que é raro E é preciso Pra nos levantar Me derrubou Não sabe parar De crescer E doer... "

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