segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Noite insone.

Misturo aqui o presente e o passado
e me vem aqui uma dor no peito
de misturar aqui o belo e o feio
e me aquecer aqui um calor inesperado

Me diga você: já teve algo lindo em sua vida?
Já confundiu com as coisas horrorosas?
Já achou que nunca ia curar uma ferida...
Te digo eu que profundas são as nossas.

Sabe o conforto que me dá de não ter que escolher
e ao mesmo tempo que nada fere mais
não quero fugir nem negar nem saber se são iguais
os primeiros dias, que diferentes, em paz!
é isso, é isso que faz!
não dá pra querer nem saber nem fugir, dá pra ser.

Dá pra ser? Acho que dá.
Quer ir? Pois que vá.
Quer ficar? Dois.

Que no túnel, ainda que escuro, dá pra saber que é dia.
Que é surreal o bem que faz essa companhia.
De não andar sozinha nesse breu, de ter algo que é seu,
de tranformar uma noite insone, um dia de sol, um túnel escuro, em poesia.



(Tic-tac tic-tac pegadinha do malandro)

Um comentário:

Ricardo Dib disse...

Queria que minhas insónias produzissem versos assim.

Bjs!