quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

...por pensar assim...

No escuro eu matuto enquanto outros dormem
que tipo de dia será amanhã?
Que loucura posso inventar pra chocar o mundo?
E penso talvez em mil coisas que poderiam ser.

No escuro eu perco meu tempo de jovem
vivendo em silêncio uma estratégia vã?
De que vale um sonho e um plano novo a cada segundo?
Fico na lamúria petrificada ao invés de me mexer.

Mas quando amanhece eu tô sempre cansada.
Coisa de quem ficou devaneando de madrugada.
E tudo de mágico que no dia ensejo
se perde na lágrima de cada bocejo.

No sol eu ando, espero, e converso
chego de um lugar, rumo pro outro, dentro do prescrito
não do que eu planejei antes de dormir (não...)
mas do que o dia a dia me faz repetir.

No sol me imagino no holofote do sucesso
chego a pensar no cenário mais bonito
planejo os discursos que vou proferir (e então...)
aparece a sombra pra essa imagem sumir.

Mas quando eu chego eu tô sempre suada.
E o calor me faz ficar mal humorada.
Daí o glamour acumulado na tragetória
evapora no travar da porta giratória.

Um comentário:

Anônimo disse...

SEN SA CIO NAL !!!
Vale postar uma amostra no dia da poesia...
;-)