Não podia ficar mais nem um minuto com a gente.
Sentia muito, mas não podia ser.
Diante de uma opressora selva de concreto - e sob o sol de escaldar
não tinha mais aonde se esconder dos demônios criados que tinha de exorcizar.
Preferiu fugir.
Apagar a luz e faltar gasolina... se empurrar pra outro lugar.
Talvez só ir.
Pode ser que só queira levar todos pra passear,
respirar fundo e sentir a terra de lá.
Talvez os demônios esqueçam dos prédios de onde vieram e nadem nus no rio, corram livres pela floresta.
É possível que crie apenas uma canção de libertação.
De desatar os nozinhos das amarras que fez ao longo do tudo.
Culpa de quem deixou esses nós à mão. Então... se vão. Pode ser só dança.
Quem algum dia esquecerá esse verão? Que não se amarre então aos demônios que virão. Que sigam todos soltos e livres.
Que não se esqueça do que criou para o mundo (e não pra si), de seus antes.
Que não exclua o que construiu (seus sonhos) dos seus daqui a pouco.
Que viva (viva!) seus agoras.
E que não perca seu trem que sai agora às 11 horas.
Há 4 anos
4 comentários:
Já disse q não sinto fuga,minha pequena...e sim ALTERNATIVA!
Sempre foi
"I want it all and I want it now"...
Agora quero é ter TEMPO...e espaço pra poder LEMBRAR,sem me desgastar...
Amo vcs,meus presentes. Só não quero que sejam mais apenas o que me sustenta aqui...
"I'll be (right and always)there"
Quem sabe a doce e carinhosa mãe que vc sempre quis?
;-)
Este texto se encaixa na categoria: "opinião do autor".
E é lindo... cheio de sentimento! Fez brotar lágrimas nos meus olhos.
A "opinião do autor" nesse caso é muito boa.
Nós e nossos demónios...
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