quinta-feira, 20 de maio de 2010

Do lado de dentro.

Precisa um pouco de mim, pra sair da mesmice
Tá bom que para, mas depois começa, e de lá segue
Precisa um pouco, bem pouco, é estranho
Não faz mal se não for eu, pode ser alguém
Não nota, bobagem, se eu vou por lá
Posso então relaxar, me guiar, se for eu por aqui
Já é quase hora, não dá pra negar
Deu quase aquela hora, que precisa sempre dar
Se estou esse tempo que é curto
Cuidar de libertar, usar esse pouco
E em seguida levantar e seguir, em seu rumo
Que é breve essa forma de me usar
Mas é como deve ser, como se lê nas instruções
Desse objeto de uso prescrito, homeopático
Que não serve pra curar, serve pra ferir
Pra que das cinzas do ostracismo surja enfim o dom da inspiração
Que não sou eu, não, mas ajudei a criar.
Já meu preço, tá difícil de cobrir
Sobra então meu lado de cá
No meu frio inferno que acaba agora que o ano vai começar.

2 comentários:

Ju Marques disse...

Inferno astral.

Anônimo disse...

Concordoooo....embora haja tb essa herança de mágoa do tpo e do mundo...