terça-feira, 25 de maio de 2010

Decifra-me ou...

Não foi de cara, confesso
mas não tardou a chegar
Aguça a percepção de que algo está fora do lugar
Que inseriu no quadro uma cor destoante
e não é com essa cor que vai seu quadro pintar
que não é dessas fontes que irá em breve se inspirar
No meio tempo, aproveita, bebe a água que sobrar
Mas não finge que tal bebida é a melhor no paladar
Todo mundo sabe que não gosto de água!

(E todo mundo estranha...)
Mas não são muitos que sabem que doce não é meu forte
Tem gente que vê de cara, confesso
que meu gosto é amargo

Vive ainda, não nego
mas não me faço de burra pra o tempo prolongar
As cartas estão na mesa, embaralhadas
esperando pras canastras formar
Um exército de cartas marcadas
prontas pra cabeça cortar
ou as orelhas, e não me faço de morta aqui nesse lugar
meus infinitivos não vão tão bem como em Ju
Mas com um esforço posso também rimar

Um comentário:

Ju Marques disse...

Eu já tava quase decifrando qdo percebi que não era preciso decifrar.