Isso porque havia um quê de poesia na senhora dentro do mini-carro nas ruas de Brotas.
Havia um quê de magia em seu chapéu de palha redondo cor de rosa, uma coisa meio bruxa.
Havia uma vontade de ser escrita e descrita que saía da mãozinha aliançada gorducha pedindo passagem.
Isso porque havia um ar de desmiolada, um quê qualquer de alucinada que vinha daquele chapéu e das roupas coloridas setentistas.
Havia um quê de maga patalógica na amiga preocupadamente intelectualizada no banco carona.
Havia todo um mantra silencioso no conjunto, saindo dos óculos fundo de garrafa e do adesivo do batman dizendo tchau.
Isso porque havia um quê de tempo parado, de câmera lenta, de nostalgia, havia um não sei o quê naquele gurgel mini meio verde água peculiarmente pilotado, que apesar da malandragem da motorista transloucada, me fez dar a passagem nas ruas de Brotas, e, aqui, escrever.
Há 4 anos
3 comentários:
Lindo! E nada mais...
Lindo! E pra quê mais?!
Como é inusitada a inspiração, não?!
Muito bom!!
Adorei!
Só se vê na Bahia...
E Brotas é um caso à parte!
De volta ao começo, Pequena
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