segunda-feira, 5 de abril de 2010

OUTRO CARTÃO? NÃO ACEITO!

Se assusta pela gravidade da sua voz
Se machuca a gravidade em seu semblante
Chega com a cabeleira branca que parece loira
E alta que dói nas vistas
Com essa voz...
Danada da vida!
Pelo nome diria que é cheia de graça
Pela determinação diria que não falta raça
Aos outros parece somente pirraça
Perde-se magnífica em seus erros
Nunca antes admitidos
E não espere que sejam jamais
Porque a idade já avançou
E os loiros cabelos brancos hoje são de mentira
Assim como a pose
Assim como a agressão
Que Graça!
Que grita e que fere
No meio da rouquidão
Que lhe tira o fôlego
Conseguindo falar sem parar
Que lhe falta o amor
Que fugiu para o mar
Que assusta os outros
Pela dureza das palavras
Pela gravidade da voz
Pelo semblante da tristeza. Em pessoa.

(***)

E a outra me pergunta
Se eu a acho velha
Pela idade
Eu acho.
A outra quer saber
Se é mais nova
Por ser gorda
Não é.
Tão velha e chata
Mas com menos graça
Embora seu nome lembre a beleza
Não passa, porém, de mesma.



(Para alguém perdido na segunda-feira)

3 comentários:

Sara Cohim disse...

falando neles, voltam a "ativa". que bom que voltam

Ju Marques disse...

E a outra ainda me pergunta
se eu a acho sincera
Eu acho.

E quanta siceridade... típico de Chandra!

Chan. disse...

Mas dessa vez a sinceridade ficou só no pensamento... e no blog...