terça-feira, 12 de julho de 2011

_Canção de ninar_

E tem fim a noite dela no apagar das luzes
descansa à noite pelo resto de si
Descansa a noite no acender do dia
para ele, o notívago enciumado
Exige ele que a noite seja o refugio
que nela deite a imersão feminina
que possa passar em claro o escuro dos sonhos dela
velando à noite, a noite.
Mergulha no sono ao despertar
e alivia o espírito inseguro
sabe que permaneceu sua à noite
sabe que a noite foi sua.


Mas inquieta mente, perturbadamente,
ao contrário, escurece o despertar
quando à noite não está só
e não está só a noite
não se dispõe a dividir a sua
que julga ser o seu
não se desprende do que reivindicou para si
desperta à noite, no acender das luzes
e lá está a sua
desperta a noite adúltera
acompanhada de sua companhia.

Nenhum comentário: