quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Para a obsessão.

De onde veio? Não sei.
E como seguiu então, difícil dizer.
Mas chegou e se apossou, como uma sombra constante.
Como uma nuvem de chuva,
como neblina,
como o frio.
E quando olha em volta, e está tudo cinza
e quando se vê enfim, e está tudo cinza
esse abraço gelado e apertado, que não quer soltar
Suspira.
E olha pro alto.
O céu, que agora a pouco estava nublado, agora está azul.
Mas daqui a pouco chove de novo.
Cidade. Cidade que imita a vida. Cidade insuportável.
Cidade do Salvador. Pra quem espera que salve. Não para os impacientes, não.
E pra quem espera, ao contrário, um abraço leve e quente, sente.
E deixa pra lá a obsessão.
Da mão, e do braço quebrado. Descanso, dessa cabeça, de tudo que está pra vir.
É, deixa pra lá.
Vai passar.

3 comentários:

Ju Marques disse...

Essa cidade, estranhamente, tbm alimenta minha obsessão.

Tempo de transição?!

Há apenas uma certeza: "vai passar" (sempre).

ininterrupto disse...

você escreveu esse texto com uma mão só? Caso tenha feito isso não é tão impaciente assim

Chan. disse...

Tão impaciente que não aguento usar essa tipóia duzinferno.