sábado, 12 de dezembro de 2009

Someday.

... See, alone we stand, together we fall apart
Yeah, I think I'll be alright
I'm working so I won't have to try so hard
Tables, they turn sometimes...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dear, can't you see?
(...)
We're not enemies
we just desagree.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Curioso

Se não fosse pra pensar o que queria
se não fosse pra querer o que sentia
se não fosse pra sentir o que fazia
Será que ele parava
pra querer o que pensava
pra sentir o que jurava
pra fazer o que amava

Será o que amaria
o que julga ser aquilo que amava
se não fosse o que conhecia
de um jeito ou de outro
como o que achava que pensava

Em suma,
se fosse diferente
seria diferente
e se fosse diferente
não ia ser mais
a coisa desejada.

Sabe ou não sabe.
É ou não é.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

E que peça pregam essas coisas do amor

sempre chegando pra confundir

mostrando amor quando era dor

escondendo o amor quando era pra sentir

Amando louca quando a esperança já se foi

e resignando, rouca, quando se espera força

Fugindo cega da dor da partida

se jogando, boba, direto na forca

Doendo sempre a mesma ferida.
(A mesma ferida)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

We never change

I want to live life, and never be cruel
And I want to live life, and be good to you,
And I want to fly, and never come down,
And live my life, and have friends around

We never change, do we?
No, no.
We never learn, do we?
So I want to live in a wooden house

I want to live life, and always be true
And I want to live life, and be good to you,
And I want to fly, and never come down,
And live my life, and have friends around

We never change, do we?
No, no.
We never learn, do we?
So I want to live in a wooden house
But making more friends would be easy

Oh and I don't have a soul to save,
Yes and I sin every single day.

We never change, do we?
We never learn, do we?

So I want to live in a wooden house,
Making more friends would be easy,
I want to live where the sun comes out.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Scarface

Temos o início do século e a Lei Seca.
Gângsters italianos contrabandeando bebida, gerenciando prostíbulos, ostentando armas.
Essa época se tornou glamourosa, é divertido ver os mafiosos brigando por liderança, tiros, macheza, colhões.

É essa a diversão trazida pelo Scarface original, de 1932, enquanto o preto-e-branco atenua a crueldade, a inocência mascara os tiros e o sangue, e os cabelos curtos e frizados das moças nos transporta pra um mundo totalmente distante.
Se buscamos por barulho, frases de efeito e pompa, esse filme é perfeito.
Como um tempero especial, encontramos um sopro de complexidade na história, trazido por se basear na complexidade de uma vida real, a do célebre bandido siciliano Al Capone, mas que não conviu ser desenvolvida a fundo em 1 hora e meia de filme, aonde o barulho dos tiros, as frases de efeito e a pompa dos cabelos frisados eram o principal atrativo.
O resultado disso é que, assistindo o filme nos dias de hoje, nos deparamos com um gostinho de quero mais, um vazio em contradição com a qualidade do filme, e muitas interrogações no ar.

Esse vazio veio a ser suprido 50 anos depois, na refilmagem de Brian De Palma com Al Pacino carimbado com a cicatriz facial.
Pacino atende pelo mesmo prenome do gângster real, assim como também são homônimos os Tonys fictícios, o Camonte de 32 e o Montana de 83, mas vemos se tratarem de pessoas diferentes.
É interessante observar nesta ficção, como o contexto pode mudar a personalidade de alguém, ainda que contando-se a mesma história.
Somos transportados do preto-e-branco da década de 30, para o vermelho vivo dos anos 80. Tudo nesse novo Scarface é de um colorido vivo e macabro, assim como a música alegre e pulsante da época nos salta aos ouvidos numa batida frenética.

Temos barulho, temos frases de efeito e muita, mas muita pompa. Mas juntamos a eles um cenário atual, colorido, um enredo intricado, e complexas questões sociais e emocionais.
Os gângsters continuam gângsters, mafiosos, mas quando eles assumem a conotação de traficantes, a coisa não fica mais tão glamourosa.
A macheza italiana tem lá seu encanto, mas o comunismo cubano, o tráfico de drogas latino americano que marginaliza a população e reflete a pobreza nas Américas do Sul e Central não é tão divertido.
Podemos até torcer para que os bandidos levem um drink ou dois para os bares, já que nós memos poderíamos usufruir desse produto ilegal sem culpa, porém, certa culpa pode aparecer em ver as pessoas enchendo o nariz de pó sem parar.
O barulho dos tiros pode ser divertido, mas a violência explícita e o vermelho vivo do sangue traz uma diversão tanto mais chocante.
O preto-e-branco e o colorido, a Itália e a América Latina, a bebida e a cocaína, são muitos os contrastes resultantes da transposição da história de Al Capone para tempos mais recentes.

E é também resultado disso, desse novo contexto, a transformação na personalidade do personagem principal.
Um personagem em certa passagem chama Tony Monatana de caipira, e é mais ou menos o que ele é. Um caipira brutamontes, o baixinho revoltado com uma metralhadora na mão. Impulsivo por natureza e por influência das substâncias lícitas e ilícitas que consome, Tony Montana está sempre de cabeça quente, contando com a sorte para que seus atos dêem certo ou errado. E a estrutura de narrativa simples do filme deixa claro que tudo dá certo até o momento que dá tudo errado.
O grande mérito do enredo, é nos mostrar em detalhes o desenvolvimento das questões deixadas em aberto no filme de 32. E estão todas lá, esmiuçadas nas mais de 2 horas e meia de filme, ou simplesmente escancaradas na interpretação primorosa de Al Pacino. Conseguimos finalmente entender as motivações do personagem, e muito antes do final já conseguimos prevê-lo, sendo isso uma enorme vantagem, e não um demérito.
E graças ao talento de Brian De Palma, não perdemos por esperar uma sequência de desfechos memorável.

50 Anos separam os dois filmes, e do segundo já se vão quase 30. Recomendação máxima de ambos, percebendo o quanto se mudou no mundo e no cinema em 51 anos, e o quanto 27 anos não tiraram a atualidade chocante do Sacarface de Pacino.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Onde estarei eu que, muda, me calo, desacreditada de talento e inspiração, distante de métrica e simetria, de rima e melodia, irritadiça afogada na secura da fonte.
Deixando cá a cabeça estourada com palavras sufocadas, com prática desfigurada, padecendo amargurada a crise, ora momentânea, talvez eterna, como as palavras.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

a kind of magic

Ainda ontem vi esse ilusionista Ele dominava a arte de levitar Fazia gravitar moças hipnotizadas Em parques, hotéis e salas de estar A gente sabe tão bem que é ilusão Só que é mais difícil não acreditar...

É o mesmo quando o sinto Me vejo voando mais alto que céu Acreditando em cada palavra Cumprindo à risca meu papel.

Enfrentando, forte, o medo louco de cair Esperando, contente, que ele me segure Dominando a vertigem de cair em decepção Tentando duvidar ainda que jure.

Vi ontem um ilusionista
E ainda ontem vi um mágico
Um tentava enganar os olhos com ilusão
E o outro roubava com mágica meu coração...


(Esse tem um tempo...)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pra quem lembra.

E existem também aquelas pessoas
de memória sobrenatural
que tomam conhecimento que o tempo
não passa do jeito normal
Aquelas pessoas que não esquecem jamais
e com diversão podem observar
que os sentimentos simplesmente mudam
que não é somente lembrar

Mas são elas que são torturadas
quando o sentimento é feito pra ficar
pela mesma dor serem machucadas
todos os dias que dela lembrar
E todos os dias rir da mesma piada
e dia após dia chorar da mesma emoção
e nessa maldição estar sempre fadada
a lembrar porque ainda bate o seu coração.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Para Igor

E o coração continua batendo, que mistério
talvez pior, ainda mais forte.
Maltratado e ferido, chorando e doído
Mas resistente, compassado.
Tão forte pra bater por dois.
Fazer viver dois corpos, salvar
Coração porto seguro, âncora, bóia.
Esse coração resiste... a tudo... por tudo
por mim e por ti
Porque um faz o outro
Meu coração salva-vidas quer salvar o amor
Pois só o amor pode fazer viver o coração
Então o coração bate, em desespero
é pra se salvar, e te salvar
em busca do sentimento que é oxigênio
que faz viver o coração que é vida,
mas nossa vida, que só vive por nós.
Bate pelos dois, eu e você.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Serviço de quarto?

Traga-me lá uma toalha ou um pano
pode ser um lenço ou sua manga da camisa
Traga-me lá o que for pra enxugar de vez essas lágrimas
Que seja uma esponja que absorva
Que seja um ralo que escorra
Que seja uma torneira que feche
Que seja um sol que evapore
Seja como for, seque tudo de uma vez
Essa técnica de vencer pelo cansaço já não funcionou, e tanto já cansei!
Me traga cá uma prova de amor ou uma surpresa bonita
pode ser um carinho ou palavras verdadeiras
Me traga cá o que for pra espantar de vez esses medos
Que sejam braços que me segurem
Que seja boca que me beija
Que seja ato que me mostre
Que seja amor que me inspire
Seja como for, manda isso embora de uma vez
E pode ser pelo cansaço que funciona, mas por enquanto ainda não sei...

(27/04/2009, 10 da manhã)

terça-feira, 21 de abril de 2009

E, sim, está chovendo.

I'll never let you see
The way my broken heart is hurting in me
I've got my pride and I know how to hide
All my sorrow and pain
I'll do my crying in the rain

If I wait for stormy skies
You won't know the rain from the tears in my eyes
You'll never know that I still love you so
Only heartaches remain
I'll do my crying in the rain

Raindrops falling from heaven
Could never take away my misery
Since we're not together
I pray for stormy weather
To hide these tears I hope you'll never see

Someday, when my crying is done
I'm gonna wear a smile and walk in the sun
I may be a fool but 'till then
Darling, you'll never see me complain
I'll do my crying in the rain

Since we're not together
I pray for stormy weather
To hide these tears I hope you'll never see

Someday when my crying is done
I'm gonna wear a smile and walk in the sun
I may be a fool but till then
Darling, you never see me complain
I'll do my crying in the rain ...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ruas de Brotas

Isso porque havia um quê de poesia na senhora dentro do mini-carro nas ruas de Brotas.
Havia um quê de magia em seu chapéu de palha redondo cor de rosa, uma coisa meio bruxa.
Havia uma vontade de ser escrita e descrita que saía da mãozinha aliançada gorducha pedindo passagem.

Isso porque havia um ar de desmiolada, um quê qualquer de alucinada que vinha daquele chapéu e das roupas coloridas setentistas.
Havia um quê de maga patalógica na amiga preocupadamente intelectualizada no banco carona.
Havia todo um mantra silencioso no conjunto, saindo dos óculos fundo de garrafa e do adesivo do batman dizendo tchau.

Isso porque havia um quê de tempo parado, de câmera lenta, de nostalgia, havia um não sei o quê naquele gurgel mini meio verde água peculiarmente pilotado, que apesar da malandragem da motorista transloucada, me fez dar a passagem nas ruas de Brotas, e, aqui, escrever.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Brinde à guerra.

Das profundezas mais remotas
surgem as mais sombrias esperanças
Uma desconfiança generalizada
espelhada no sopro de querer aceitar
Medo de ignorar as vozes ecoantes
insistentes de iludir a precaução

O que é esperar em meio à guerra?
Erguer dentro de um interior devastado
a bandeira branca de novo?
Quando a luta maior já se reflete
na figura que surge (mais do que nunca)
ESPLENDOROSA!
sedenta de destruição.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Março.

Uma pincelada de cinza em meio ao azul do céu
Uma brisa mais amena em pleno sono sudoral
Uma rajada de chuva para o relógio da semana
E um forró com chocolate embala o rítmo da região
Nota-se a sutil inclinação
nessa cidade imutável
Olhos observadores que veem
passar uma após uma
O tempo das estações
a cura dos corações
Curado? Não, mas já não está tão mal
Começo a colar meu coração
nessa canção outonal.

(Tentando me adaptar à reforma)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sobre velhas inspirações.

Serás uma dessas
gostando da rejeição

Apreciando a idéia
de servir de diversão

Será que não desejas
representar algo mais

Ouvir falar de amor
que dele se satisfaz

Contenta-se com a sina
de saciar o desejo

Tanto o seu quanto o dele
tanto do cheiro como do beijo

Aguentando em seguida
o peso amargo do 'não'

Serás uma dessas
gostando da rejeição?

Será que não lhe agrada
ouvir falar em saudade

Encarar esse estar
com aquela seriedade

Será que és usada
porque ousa também usar

Ou será que se sujeita
por sempre, demais, amar?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Começo. Fim. E volta.

E tudo em minha volta é volta.

Vivendo em princípios que partem de um mesmo lugar,
final afinal levando ao princípio.
Volta.

Vivendo enfim em fins, mortes e depois vindas,
idas e depois vidas.
Volta.

Vivendo em dúvidas e em dívidas, pagando e deixando pra lá
anunciando certezas e zeros.
Volta.

Vivendo em estacas zeradas e zeros de esquerda. Sem iniciar o que não parou, sem deixar o que não se deixa.
Volta.

E se no fim das contas descobre que continua contando, é volta. Não é fim.